Fiocruz comemora seu 120º aniversário

Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS)

Desde sua criação, a Fiocruz tem uma longa e frutífera história de cooperação com a França e o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS). Esta extensa amizade entre o CNRS e a Fiocruz foi selada com um novo acordo em outubro de 2019, que visa reforçar a parceria entre estas duas instituições e promover a investigação conjunta na área da saúde.

A Fiocruz é a maior instituição de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas e médicas da América do Sul , além de ser a única instituição brasileira que faz parte da rede global Pasteur.
Recentemente, o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi designado como laboratório de referência pela Organização Mundial da Saúde para combater o Covid-19 nas Américas. O laboratório, que se juntou à rede de laboratórios especializados Covid-19 da OMS, começou a realizar testes para diagnosticar a doença na região.

Atualmente, a Fiocruz emprega 13 mil pessoas, está vinculada ao Ministério da Saúde e tem dois objetivos principais: por um lado, promover a saúde e o desenvolvimento social e, por outro, gerar e disseminar conhecimento científico e tecnológico. A Fiocruz está organizada em torno 10 grandes institutos, duas fábricas e dois hospitais espalhados por todo o Brasil, que reúnem uma gama muito ampla de atividades:

. Desenvolvimento de projetos de pesquisa;
. Prestação de serviços hospitalares;
. Fabricação de vacinas, medicamentos e kits de diagnóstico;
. Ensino e treinamento;
. Informação e comunicação na área da saúde, ciência e tecnologia;
. Controle de qualidade de produtos e serviços;
. Implementação de programas sociais.
Para celebrar seus 120 anos, a FIOCRUZ organizou, no dia 25 de maio, um evento comemorativo, no formato webinar, intitulado "Fiocruz 120 anos. Em defesa da vida". O evento, que reuniu representantes de muitas instituições e laboratórios de pesquisa brasileiros, durou cerca de três horas e contou com aproximadamente 2.250 visualizações ao vivo. O webinar traçou um paralelo entre as condições em que a instituição nasceu, em 1900, para combater a peste bubônica e a crise sanitária que o Brasil enfrenta hoje com a expansão do Covid 19. 

O evento também foi uma oportunidade de apresentar o novo centro hospitalar com vocação permanente, construído no campus da Fiocruz para combater a pandemia do Covid-19. Além de ser um hospital para receber pacientes, o prédio abrigará um centro de pesquisa dedicado ao estudo da doença. Depois de uma apresentação do Ministro da Saúde em exercício, General Eduardo Pazuello, que falou do “orgulho” de ter uma instituição como a Fiocruz no Brasil, o evento foi inaugurado pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a primeira mulher a dirigir essa instituição de prestígio. Ela falou sobre a história da Fiocruz e os “desafios de hoje e de amanhã em relação à pandemia de Covid-19”, destacando a importância dos estudos científicos, como também das políticas públicas para responder a este tipo de crise.

O debate também contou a participação de: Socorro Gross, representante da OPAS/OMS do Brasil; Marcelo Morales, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC); Mauro Junqueira, secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS); Elizabeth Campos, coordenadora do Projeto Casa Viva– REDECCAP; Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS); João Carlos Salles Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Eduardo Eugenio Gouvêa, presidente da Firjan, Vitória Oliveira, coordenadora da Girl Up Nise da Silveira e membro do corpo estudantil da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); Denise Pires, reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Helena Nader, presidente honorária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Os participantes ressaltaram a importância de ter uma instituição como a Fiocruz no Brasil, que, segundo Elizabeth Campos, “é um lugar de excelência da ciência, da política pública, do conhecimento e da educação”. Grande parte das falas também destacou que a Fiocruz não é apenas o patrimônio científico nacional, mas também um “patrimônio mundial”. Ao final, a presidente Nísia Lima recordou a importância das instituições científicas para o país, o compromisso de todos os colaboradores da Fiocruz e os principais valores e pilares da ciência moderna, que são “a liberdade e a ética na sociedade democrática”.

O evento está disponível no canal do Fiocruz Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=BCSyR0Lhxs0

* Matéria publicada no site do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França no Rio: http://www.cnrsrio.org/pt/la-fiocruz-fete-ses-120-ans/