Linha do Tempo

Do início, como Instituto Soroterápico Federal, no Rio de Janeiro, criado para a produção emergencial de soro e vacina contra a peste bubônica que assolava a população, ao recém-inaugurado Complexo Hospitalar para pacientes graves de Covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz segue sua missão como agente da cidadania, por meio da promoção do desenvolvimento científico aplicado à saúde, para continuar fazendo história. Atualmente, a Fiocruz está presente em todas as regiões do país, além de ter uma unidade técnica em Moçambique, na África.

Para projetar o futuro, é importante falar sobre o presente e resgatar o passado. Por isso, convidamos você a viajar no tempo e conhecer um pouco da trajetória da Fiocruz, que remonta ao Brasil do início do século passado até os dias atuais.

Foto em preto e branco das primeiras instalações do Instituto Soroterápico Federal
25 de maio de 1900

A Fundação Oswaldo Cruz é criada, com a denominação de Instituto Soroterápico Federal, sob a direção técnica de Oswaldo Cruz, em resposta à epidemia da peste bubônica e a uma grande crise sanitária,

Foto em preto e branco de Oswaldo Cruz de perfil
1903

O então presidente Rodrigues Alves  nomeia Oswaldo Cruz Diretor Geral de Saúde Pública, que inicia campanhas de saneamento no Rio de Janeiro. Sua missão era realizar a reforma sanitária da capital, combatendo principalmente a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.

Início da construção do conjunto arquitetônico histórico de Manguinhos.

Foto antiga, em preto e branco, do castelo Fiocruz visto de Fundos
1905/1906

Com o objetivo de criar um grande projeto de modernização e saneamento do país, Oswaldo Cruz sai em expedição inédita pelos portos marítimos e fluviais do Brasil. Ele inspeciona 23 portos no Norte do país. 

1907

A febre amarela é erradicada no Rio de Janeiro. O Instituto Soroterápico Federal passa a se chamar Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos.

Foto antiga do laboratório do IOC,
1908

 O Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos passa a denominar-se Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Foto antiga, em preto e branco, de Carlos Chagas em seu laboratório
1909

Carlos Chagas descreve o ciclo da doença de Chagas, considerado um feito ímpar na área de ciências biomédicas.

1912

Início da construção do Hospital de Manguinhos, atual Instituto Nacional de Infectologia (INI) e antigo Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec).

1917

Aos 44 anos, Oswaldo Cruz morre de insuficiência renal. Na ocasião, a instituição já ganhava visibilidade, graças às descobertas marcantes de seus pesquisadores para a ciência mundial.

Com a morte de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas se torna diretor do então Instituto Oswaldo Cruz.
 

1918

Conclusão das obras e fundação do Instituto Nacional de Infectologia (INI).

1919

O Instituto Vacínico do Rio é incorporado ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC), o que possibilita que, em 1922, a vacina contra a varíola passe a ser fabricada no local. 

Foto em preto e branco na varanda do castelo com Einstein ao centro e outros pesquisadores.
1925

O cientista alemão Albert Einstein visita a Fiocruz.

1934

Carlos Chagas morre aos 55 anos de problemas cardíacos.

1937

Inauguração do Laboratório do Serviço Especial de Profilaxia da Febre Amarela pela Fundação Rockfeller, dentro do Instituto Oswaldo Cruz, e emprego da vacina contra a doença pela primeira vez no Brasil. Atualmente, a Fiocruz é responsável por 80% da produção mundial deste imunizante.

Foto em preto e branco do núcleo de construções modernistas da Fiocruz vistas ao longe
1942

Início da construção do núcleo modernista do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), constituído por quatro prédios: o Pavilhão Arthur Neiva, ou Pavilhão de Cursos; o Pavilhão do Restaurante Central, ou Pavilhão Carlos Augusto da Silva; o Pavilhão de Patologia (atual Carlos Chagas) e o Pavilhão da Biologia.

Vista aérea do Instituto Aggeu Magalhães, a Fiocruz Pernambuco
1950

Criação do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, no Recife, integrado à Fiocruz em 1970, passando a ser Instituto e a unidade Fiocruz Pernambuco

Foto em preto e branco da fachada Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp)
1954

É criada a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), incorporada à Fiocruz em 1970. Em 2003, a unidade passa a agregar o nome do ex-presidente da Fundação, Sergio Arouca.

Foto em preto e branco da fachada do Instituto René Rachou, Fiocruz Minas
1955

Fundação do Centro de Pesquisa René Rachou, em Belo Horizonte, incorporado à Fiocruz em 1970, passando a ser Instituto e a unidade Fiocruz Minas.

Foto da fachada do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia)
1957

Criação do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, em Salvador, incorporado à Fiocruz em 1970, passando a ser Instituto e a unidade Fiocruz Bahia.

1968

Fiocruz cria o Laboratório Nacional de Referência em Varíola, coordenado pelo virologista e ex-presidente da Fiocruz Hermann Schatzmayr, como parte dos esforços para a erradicação da varíola. Os pesquisadores foram os responsáveis por isolar o vírus dos últimos casos da doença nas Américas.

Foto dos pesquisadores cassados durante a ditadura militar, sentados e de pé lado a lado
1970

Cassação dos direitos políticos e aposentadoria de dez renomados cientistas da instituição pela ditadura militar. O grupo se opunha às diretrizes governamentais de restringir a atuação do órgão à produção de vacinas, que impactaria nas outras áreas, sobretudo na de pesquisa. O episódio passou a ser conhecido como “Massacre de Manguinhos”.

Foto ensolarada da fachada de Farmanguinhos
1976

É criado o Instituto de Tecnologia de Fármacos - Farmanguinhos, maior laboratório farmacêutico oficial ligado ao Ministério da Saúde.

 

 

 

 

1976

Para ampliar a produção de imunobiológicos em larga escalada e combater a epidemia de meningite que atingia a população, é criado o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos - Biomanguinhos.

1976

Criação do escritório da Fiocruz em Brasília.

Foto ensolarada de vista lateral do castelo Fiocruz com destaque para uma das torres
1981

O conjunto arquitetônico histórico da Fiocruz é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

Foto aérea da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
1985

É criada a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).

Instituto Fernandes Figueira (IFF), juntamente com o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (Pniam), lidera um projeto ousado que visa a ampliação quantitativa e qualitativa dos bancos de leite em todo o país. Desta iniciativa surge a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano.

1986

Reintegração dos cientistas de Manguinhos que foram cassados em 1970. 

É inaugurada a Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade responsável pelas atividades de pesquisa, pela divulgação científica e preservação dos acervos da Fiocruz. 

Foto lateral da Biblioteca de Manguinhos com destaque para a placa do Icict, Instituto que ela abriga
1986

Criação do Centro de Informação Científica e Tecnológica (Cict), atual Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). 

Foto com destaque para vários frascos de sangue, observados por profissional de laboratório
1987

Pela primeira vez no Brasil, pesquisadores da Fiocruz isolam o vírus HIV, causador da Aids. Com isso, a Fiocruz se capacita para integrar a Rede Internacional de Laboratórios para o Isolamento e Caracterização do HIV-1, coordenada pelo Programa Mundial de Aids da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foto da fachada do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia)
1994

Criação do Escritório Técnico da Amazônia, que se tornaria, cinco anos depois, o Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane (CPqLMD), a unidade Fiocruz Amazônia.

1996

Inauguração do novo prédio da Biblioteca de Manguinhos, o Pavilhão Haity Moussatché

1998

É criado o Programa de Educação à Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), iniciativa que visa ampliar a formação e qualificação de profissionais que atuam na saúde e áreas afins.

O Núcleo de Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (NAF/Ensp) é credenciado como Centro Colaborador da OPAS/OMS em Políticas Farmacêuticas.O NAF desenvolve projetos técnicos, científicos e docência na área da política de medicamentos, da assistência farmacêutica e temas relacionados.  

Interior de exposição do Museu da Vida com suas instalações
1999

Criação do Museu da Vida, pertecente à Casa de Oswaldo Cruz (COC), responsável pelas atividades educativas e culturais realizadas no local, que conta com Parque da Ciência, sala de exposições, laboratórios, borboletário entre outros.

2003

 Aprovação do Estatuto da Fiocruz .

É criada a Cooperação Social para coordenar a área de programas sociais e projetos, que desde a década de 60 são desenvolvidos pela instituição. Atualmente, entre eles estão: Agenda Jovem Fiocruz; Justiça Itinerante; Programa de Promoção de Territórios Urbanos Saudáveis; Projeto Empregabilidade Social da Pessoa Surda e Rede Favela – Universidade. 

 

2003

Vítima de câncer, o ex-presidente da Fiocruz, Sérgio Arouca, morre aos 61 anos, deixando um relevante legado para a instituição e para a saúde pública.

Técnico ajusta equipamento do laboratório
2004

Inaugurado o Centro de Produção de Antígenos Bacterianos Charles Mérieux de Biomanguinhos, um dos mais modernos laboratórios de vacinas bacterianas da América Latina.

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) é designada como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a educação de técnicos em saúde.

2006

Pesquisadores realizam o sequenciamento do genoma da vacina BCG.

Fiocruz recebe o Prêmio Mundial de Excelência em Saúde Pública, atribuído pela mais importante instituição de saúde pública do mundo, a Federação Mundial de Associações de Saúde Pública, bem como a Ordem Mérito Científico Institucional, a maior concedida anualmente pelo governo federal.

 

 

2007

A vacina contra a meningite meningocócica A e C, produzida pela unidade Bio-Manguinhos, é pré-qualificada pela OMS para fornecimento às agências das Nações Unidas.

A Ensp inaugura seu primeiro mestrado em saúde pública no exterior, na capital de Angola, Luanda. 

O Arquivo Oswaldo Cruz é reconhecido como acervo de relevância nacional pelo Programa Memória do Mundo da Unesco. 

 

2008

Fiocruz instala sua primeira representação no exterior: o escritório técnico na capital moçambicana, Maputo, a Fiocruz África

O Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), é o quarto laboratório do mundo a receber a designação de Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS).

2009

Farmanguinhos inicia a produção do Efavirenz, antirretroviral mais usado pelos pacientes que recebem o coquetel anti-Aids  

O IOC mapeia as primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) detectado em pacientes no Brasil. 

Em colaboração com grupos de pesquisa dos EUA, da Europa e da UFMG, o Instituto  René Rachou (Fiocruz Minas) mapeia, pela primeira vez, o genoma do Schistosoma mansoni, parasito causador da esquistossomose

Criação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), para coordenar as atividades internacionais da Fundação, com o intuito de fortalecê-la como instituição pública estratégica do país no cenário global da saúde.

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2009

Fundação da Fiocruz Rondônia.

2009

É inaugurado o Instituto Carlos Chagas (ICC), a Fiocruz Paraná

2010

Fiocruz se firma como instituição estratégica de Estado na área da saúde. Desenvolve o sal híbrido Mefas, que permite o combate à malária com menos efeitos colaterais; identifica o gene de impermeabilização dos ovos do mosquito transmissor da malária, o que é útil tanto para o controle desta doença quanto da dengue; cria a vacina contra a fasciolose e avança na criação de uma vacina contra a esquistossomose.

Inauguração do prédio da Fiocruz Brasília, que desde 1976 funcionava como como escritório regional da instituição. 

É lançada a TV Canal Saúde.

Fiocruz é designada Centro Colaborador da Opas/OMS em Saúde Pública e Ambiental, coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente e Atenção à Saúde (VPAAS).

O Instituto Fernandes Figueira (IFF)  torna-se Centro Colaborador sobre Cegueira na Infância pela OMS/OPAS. A unidade materno-infantil da Fiocruz participa de atividades de aconselhamento médico para cuidado ocular neonatal em cooperações técnicas com países da América Latina e Caribe.

Vista lateral do Palacio Itaboraí e seu entorno arborizado
2011

A Fundação inaugura o escritório técnico Fiocruz Mato Grosso do Sul

Criação do campus Fiocruz  Mata Atlântica, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. 

Início das atividades do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, instalado num prédio histórico de Petrópolis.

Fiocruz realiza a produção nacional da nova vacina contra a febre amarela e do Atazavir, presente no coquetel antiaids.

2012

A fábrica de medicamentos de Moçambique entrega os primeiros antirretrovirais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) certifica o antimalárico criado no Brasil, que se torna referência mundial.

A Unesco considera parte do material histórico da Fiocruz - os negativos de vidro com fotos dos primeiros momentos da Fundação -  Patrimônio da Humanidade.

2013

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) autoriza Farmanguinhos a fornecer medicamento antimalárico a países latino-americanos. 

Fiocruz assina parceria com a França para a produção de vacina contra sete doenças - difteria, tétano, coqueluche, Hepatite B, Hib - Haemophilus influenza tipo B-, meningite C e poliomielite -, em uma única aplicação, com a assistência técnica de Biomanguinhos.

2014

O INI recebe o primeiro caso suspeito de contaminação o pelo vírus ebola em território nacional. 

Estudo liderado pelo IOC apresenta o genoma da bactéria Bordetella Pertussis, ligada à causa da coqueluche no Brasil. 

Fundação obtém patente por método inédito para elaborar imunizantes contra diversas doenças usando como base a vacina contra a febre amarela, após quase 10 anos de tramitação nos EUA.

Fiocruz é designada Centro Colaborador para Saúde Global e Cooperação Sul-Sul da OMS.

É criada a Fiocruz Piauí.

2015

Elevação do Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal) à condição de unidade  técnico-científica: o Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB)

Fiocruz é a grande vencedora do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do CNPq, na categoria Instituição ou Veículo de Comunicação, pelos 115 anos de história e memória na área da saúde e da divulgação científica.

2015

Fiocruz identifica vírus zika em dois casos de microcefalia.

O estudo das arboviroses foi determinante também para a Fiocruz isolar o vírus da chikungunya, o que permitiu desenvolver kits de diagnóstico diferencial entre a doença, dengue e zika. 

Estudos da Fundação resultaram em um novo teste diagnóstico para fibrose císitica e na inovação para o desenvolvimento de uma vacina contra leishmaniose. 

Fiocruz recebe reconhecimento de erradicação da rubéola, por meio de certificado da OMS.

 

2017

Nísia Trindade Lima é eleita presidente da Fiocruz, tornando-se a primeira mulher a ocupar esta posição.

Fiocruz realiza os primeiros sequenciamentos completos do genoma de amostras do vírus da febre amarela referentes ao surto da doença no Brasil.

2018

Fundação obtém o registro do antirretroviral Entricitabina+Tenofovir, medicamento composto usado na Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao HIV.

Fiocruz é a sede do maior evento da área de saúde da América Latina, o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva - Abrascão 2018 -, que contou com cerca de sete mil congressistas

É inaugurada a Fiocruz Ceará.

2019

Fundação foi requisitada pelo Ministério da Saúde a produzir medicamentos essenciais para abastecimento emergencial do SUS, por meio de Farmanguinhos.

Fiocruz inaugura o Fioantar, laboratório permanente de pesquisas na Antartica, que reúne pesquisadores para o desenvolvimento de estudo multidisciplinar. 

 

2020

Fiocruz comemora 120 anos de contribuições científicas nas áreas da ciência e da saúde para a sociedade brasileira.

Em menos de dois meses, Fiocruz inaugura o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) para atender pacientes graves da doença. 

Por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, a Fiocruz é nomeada Referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid-19 nas Américas. A atuação é voltada para o diagnóstico de amostras e na capacitação de equipes para análises laboratoriais, incluindo treinamentos de profissionais dos laboratórios públicos do Brasil e de países da América Latina.

Fiocruz lança o Observatório Covid-19, que tem como função produzir informações para a ação e o desenvolvimento de análises integradas, tecnologias, propostas e soluções para o enfrentamento da pandemia.

Fiocruz produz testes moleculares do Covid-19 em grande escala para o Ministério da Saúde.

Fundação inaugura a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 Fiocruz com capacidade para processar 15.000 resultados por dia. Além do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo foram os estados contemplados inicialmente com as plataformas capazes de processar as amostras em larga escala

Desenvolvimento do Monitoracovid, mapeamentos, pesquisas e divulgação de informação confiável, com dados epidemiológicos e o objetivo de prestar serviço de comunicação pública.

Fiocruz coordena no Brasil o ensaio clínico Solidariedade (Solidarity) da OMS, cujo objetivo é investigar a eficácia de quatro tratamentos para a Covid-19. O projeto envolve três áreas: coordenação do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), apoio da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz) e fornecimento de parte dos medicamentos de Farmanguinhos.

Por meio da Rede Genômica Fiocruz, cientistas de várias unidades da instituição lideram um esforço nacional de pesquisa que busca decodificar o genoma do SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e acompanhar suas linhagens e mutações genéticas.
 

2021

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o uso emergencial da vacina Covid-19 produzida na Fiocruz. No primeiro momento, a Fiocruz liberou ao Ministério da Saúde dois milhões de doses importadas do Instituto Sérum, na Índia.

Com o recebimento do primeiro lote de cerca de 90 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses e, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Fundação deu início ao envase do primeiro lote do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covid-19. No final de 2021, foram mais de 150 milhões de doses da vacina Covid-19 Fiocruz entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. No mesmo ano, a Fundação iniciou a incorporação tecnológica para a produção nacional do IFA. 

No monitoramento e combate à pandemia, a Fundação realizou estudos que acompanharam os índices de hospitalizações relacionadas à doença e efetividade das vacinas em diferentes públicos, como também direcionados ao desenvolvimento de novas metodologias de tratamento e aos impactos sociais e econômicos do novo coronavírus.

Reforços na infraestrutura da Fundação também marcaram o ano, com o edital para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e a inauguração do Biobanco Covid-19 (BC19-Fiocruz), localizado no campus Expansão.

A Fundação liderou a campanha #VacinaMaré, que imunizou cerca de 37 mil moradores da localidade e se tornou referência no combate à pandemia em territórios de favelas.

 

 

2022

Por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), a Fiocruz disponibiliza para o Ministério da Saúde (MS) as primeiras doses da vacina Covid-19  produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional.

Por intermédio do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), a Fundação recebe amostras de autotestes com pedido de registro da Anvisa.

Resultado da Lei Nº 8.972/20, do Fundo Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) à Fiocruz, a Fundação destina R$1 milhão a 17 projetos aprovados na última Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro.

A Fiocruz e o laboratório francês Servier assinam um Memorando de Entendimento para uma cooperação técnica no desenvolvimento de novos medicamentos voltados para o tratamento de doenças crônicas a partir de uma nova plataforma farmacêutica, produzidos pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)

Por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Fiocruz desenvolve dois novos testes moleculares para o diagnóstico da Covid-19. O diferencial do Kit Molecular Inf A/Inf B/SC2 é a possibilidade  de diagnosticar em um único teste os vírus da Influenza A, B e do Sars-CoV-2. 

A Fundação, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), e a farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme) assinam um acordo de cooperação tecnológica para a produção de Molnupiravir, primeiro antiviral oral para o tratamento da Covid-19, no Brasil.